CHANUKAH:
A palavra CHANUKAH, que dizer dedicação, celebra um grande Milagre que Deus realizou no meio do seu povo.
Nos dias que marcaram o surgimento desta festa, o Templo e os Muros de Jerusalém, novamente tinham sido reconstruídos, mas o povo estava dominado, por povos de origem grega, e por um Monarca chamado Antíoco Epifânio, um dos homens, mais impiedosos e malignos que já viveram, pré-figura do Anticristo, que ainda reinará sobre as nações da Terra, e se levantará contra Deus e seu povo.
Com uma terrível perseguição, contra o povo de Deus, com o objetivo de exterminá-los, este homem, proibiu o Culto ao Nosso Deus, proibiu a circuncisão dos meninos, (símbolo de Aliança com O Eterno), obrigava os judeus a sacrificarem animais, para ídolos, e ele mesmo, colocou uma estátua do seu deus grego chamado "Zeus", dentro do Santo dos Santos, no Templo do Eterno, e lá, sacrificava porcos, (animal considerado imundo pela Palavra de Deus), para zombar do Nosso Deus e de seu povo. Não satisfeito, passou fezes de porco nas paredes do Templo, fazendo o que estava profetizado por Daniel, como a "ABOMINAÇÃO DESOLADORA".
Um homem descendente dos sacerdotes da Casa de Arão, chamado de Judah Macabeu, (filho de Matatias, que havia iniciado uma revolta quando num dia viu outro judeu, subir para sacrificar para os deuses dos gregos, sem oferecer resistência e por isso, tomado de ira, matou o judeu e o grego, e arregimentou um exército, para lutar contra os opressores), liderou o povo na retomada de Jerusalém e a Mão de Deus era com ele. Em pouco tempo, este levante, teve sucesso, e eles retomaram o Templo do Eterno e a cidade de Jerusalém.
Ao entrarem no Templo e contemplarem aquela desolação, se motivaram a limpar e a purificar a Casa de Deus, restaurar o Culto e a Adoração ao Eterno. Quando estava para escurecer e a Casa de Deus estava purificada, procuraram por todo O Templo, o óleo que era usado para iluminar A MENORAH, (Candelabro de Sete braços), e perceberam que havia apenas um recipiente de azeite com o lacre inviolado, e a quantidade de azeite neste recipiente seria suficiente apenas para aquela noite. Este óleo para ser produzido, segundo o ordenamento do Senhor, pelos sacerdotes, demorava 7 dias, e então eles tiveram que optar: A Luz da Casa de Deus, ficará apagada por mais alguns dias, ou "NÃO IMPORTA, DEUS DEVE SER ADORADO HOJE, E A LUZ DA CASA DE DEUS, DEVERÁ SER ACESA AINDA HOJE". Eles optaram não pela lógica, mas pelo amor ao Senhor, e pelo desejo de adorar o Deus, que lhes havia dado tão grande vitória contra seus inimigos.
Acenderam então a MENORAH, e passaram imediatamente a produzir mais azeite de oliva, para iluminação.
Na manhã do dia seguinte quando a Luz deveria estar se apagando, perceberam que a chama estava ainda bem viva e acharam que talvez houvesse mais óleo do que imaginavam, porém quando a Luz permaneceu até à noite, estavam certos de que um Milagre estava se manifestando ali diante de seus olhos. A Luz permaneceu acesa durante os sete dias, e no dia em que mais azeite já havia sido produzido e santificado, a Luz começou a baixar até apagar.
A disposição de "DEDICAR" (CHANUKAH"), ou no caso Re-dedicar, a Casa ao Nosso Deus, foi recompensada pelo próprio Deus, com este tremendo Milagre.
Esta história é contada no Livro dos Macabeus, um Livro Apócrifo, histórico, que foi escrito e vivenciado no período inter-testamentário, em que não havia profeta em Israel, não está incluso na nossa Bíblia, porém todos os anos a partir desta data, o povo reunia-se e reúne-se para celebrar a "Festa das Luzes", ou a "Festa da Dedicação", porque "UM GRANDE MILAGRE ACONTECEU LÁ".
Esta frase em hebraico é: "NES GADOL HAYAH SHAM", e uma brincadeira com uma espécie de pião, ajuda a ensinar as crianças o que Deus realizou naqueles dias em Jerusalém.
O próprio Senhor Jesus santifica esta Festa, participando dela:
" Celebrava-se em Jerusalém a Festa da Dedicação. Era inverno. Jesus passeava no templo, no Pórtico de Salomão." (João 10:22-23)
Um candelabro de Nove braços é o símbolo da Festa, sendo que um dos braços chamado SHAMASH "Servo", é destacado dos demais, pois é desta chama que todas as outras são acesas. É claro que Jesus é identificado nesta figura, pois Ele é O Servo de Deus, que É a Luz, que ilumina as nossas vidas. A Luz que há em nós provém Dele. Ele nos iluminou. Só Ele têm olhos como labaredas de Fogo.
Nesta Festa acendemos as luzes que representam cada um dos dias que Deus manteve o fogo aceso por Milagre até que o óleo fosse produzido. Hoje nós Re-dedicamos a cada luz que é acesa, uma das áreas de nossas vidas. Comemos comidas feitas com óleo, e um delicioso doce é comido neste dia: O Sonho, (Sufigânia, ou Sufiganiot – plural), uma comida de origem judaica.
Como o próprio texto de João declara, esta Festa ocorre no inverno, mais exatamente no mês de Dezembro, próximo da Celebração Católica do Natal.
Sabemos claramente que Jesus não nasceu no inverno, porque em seu nascimento havia pastores no campo com as ovelhas, cena impossível de ser vista, no rigoroso inverno que faz em Israel. Mais propriamente, Jesus teria nascido na Festa de Tabernáculos, que se dá exatamente nove meses depois da Festa de Chanukah. Há um entendimento entre os judeus que crêem que Jesus é O Messias, sobre esta celebração, como tendo sido o período em que o Arcanjo Gabriel visitou Maria anunciando-lhe o Nascimento de Jesus.
" Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim." (Lucas 1:31-33 RA)
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